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Minha história com orgânicos começa no ano de 1997 quando eu estudava no colégio Agrotécnico Federal de Muzambinho na cidade de Muzambinho no estado de Minas Gerais, quando eu participava de uma aula de horticultura com o professor Luis Gratielli, quando ele explicou sobre produtos orgânicos que eram cultivados sem agrotóxicos e que tinham uma aparência não muito comercial, na época ele mostrou uma cenoura bifurcada dando exemplo de produtos orgânicos, após essa aula comecei a estudar alguns livros de agro ecologia, controle natural de pragas e doenças, também me interar mais sobre assuntos, sociais, ambientais e de saúde relacionados à agricultura, já no ano de 1999 quando estava me formando no colégio agrícola e pronto para ingressar na faculdade de Engenharia Agronômica na cidade de Espírito Santo do Pinhal no estado de São Paulo Brasil, pedi a minha avó Maria Basso Teixeira, que eu pudesse produzir diversas culturas orgânicas em uma pequena área como experimento, minha avó me disse por que você não faz café orgânico sendo que uma cultura da região e é até mesmo cultivado há mais de 100 anos pelos bisavós Italianos. Apartir daí no ano de 2000 plantamos primeira área de café orgânico, logo chamamos a certificação, no caso o instituto biodinâmico IBD, e iniciamos todo o processo, nesta época como ainda estudava Engenharia Agronômica e na faculdade nada se falava sobre orgânicos, comecei a fazer cursos paralelos que me ajudaram a buscar novos conhecimentos sobre o assunto. Mas nada como o dia a dia no campo para se conseguir desenvolver o conhecimento necessário para a solução das barreiras diárias, como na época ainda era muito jovem apaixonado pela profissão e os desafios que a mesma impunha, sonhava em contribuir para salvação do planeta de uma forma romântica como todo sonhador.
Estudei e levei para manejo do café tecnologias extraídas da Agricultura Natural, Agricultura Biodinâmica e orgânica, com plantio de diversas leguminosas, como adubação verde, sombreamento e arborização com diversas espécies arbóreas nativas e exóticas, também como roçadas, buscando o Maximo de biomassa no solo, constituindo um ambiente perfeito para todo e qualquer cultura, minha análise de solo mostrava índice equilibradíssimos para a cultura do café, mas cadê a produtividade e a produção esperada, minha lavoura equilibrada nutricional mente com aspectos morfológicos e fisiológicos perfeitos, mas com muito pouca café por planta, passado o primeiro ano discutimos se era a planta que era muito jovem passado a segundo a seca que prejudicou a lavoura, passada o terceiro se a forma como foi plantada. Naturalmente como tudo aquilo que você faz de inovador, as criticas vinham de todos os lados sem piedade, confesso que cheguei a chorar, mas alguma coisa me dizia que devia continuar e assim foi, falei com minha avó e coloquei a meta que se em 2 anos o café orgânico não produzir nos retornaríamos ao convencional, e assim foi. Após está decisão resolvi fazer uma avaliação nas plantas e notei que pelo método que plantamos semi adensado, e com um preparo do solo que realizamos nossas raízes não estavam muito desenvolvidas resolvemos erradicar toda a lavora e plantar novamente, apartir destes momentos ainda seguindo as diretrizes exigidas pela certificadora IBD, mudei meu foco em fazer o café orgânico más sempre produzir seguindo as diretrizes, e assim foi em vez da roçada passei a capinar as linhas de café e adubar com outros produtor orgânicos permitidos, o manejo que fizemos foi simplesmente o manejo que a cultura do café necessita apenas modificamos o que era para convencional para orgânico, minha produtividade foi de 12 sacas por há no segundo ano para 17 sacas por has, no terceiro de 18 sacas por ha para 36 sacas por ha e no quarto ano de 17 sacas por há para 50 sacas por ha.
Hoje transformamos 80 % da propriedade em orgânico e pretendemos chegar aos 100 % em dois anos. Não posso esquecer que além da produtividade nossa qualidade chega a níveis altíssimos não perdendo para nenhum café do mundo.
Continuamos a desenvolver projetos sociais e ambientais com freqüência, mas tratamos isso como o necessário e o básico, ou seja, qualquer projeto precisa ter e desenvolver, mas a sustentabilidade só se completa quando temos lucratividade porque o que eu quero é que todos sem exceção possam ter em sua casa alimentos orgânicos e para isso precisamos mudar nosso foco como produtor de pensar que somos um nicho para poucos, precisamos desenvolver junto aos bons centros de pesquisa uma agricultura saudadevel em todos os níveis ambientais, sociais e econômicos e isso só conseguiremos produzindo, volume, qualidade e fidelidade com o consumidor, para isso têm que buscar os conhecimentos da agricultura orgânica, biodinâmica e natural e aproveitar o que é bom de cada método para o seu sistema e potencializar de uma forma continua.

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